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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Funcionários da USP entram em greve e prometem interromper aulas

Funcionários da Universidade de São Paulo (USP), que entraram em greve na 4ª feira (5), prometem bloquear nesta 5ª (6) entradas e interromper as aulas em duas faculdades. Os prédios da Escola de Comunicação e Artes (ECA) e da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no centro, devem ser fechados pelos grevistas. O ato, aprovado hoje em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), foi classificado pelo movimento como uma "radicalização", em reposta a comunicado divulgado pela reitoria da USP.

Na terça-feira (4), além de divulgar liminar judicial que prevê multa de R$ 1 mil por dia em casos de piquetes ou bloqueios, a reitoria prometeu cortar o ponto dos grevistas. "Essa foi uma tentativa clara da universidade de querer nos intimidar", afirmou o diretor do Sintusp, Magno de Carvalho. Ele espera que os câmpus de Ribeirão Preto, Piracicaba e São Carlos sigam a mesma orientação de barrar o funcionamento de prédios.

A reportagem solicitou entrevista com o reitor da USP, João Grandino Rodas, mas o pedido não foi atendido. A posição da reitoria é a que foi expressa no comunicado, segundo sua assessoria de imprensa. Até hoje não havia um balanço sobre adesão, mas serviços como o transporte na Cidade Universitária, restaurantes, o centro poliesportivo e áreas administrativas, como a prefeitura do câmpus e o serviço social, não funcionaram. Algumas bibliotecas, como a da ECA e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) mantiveram as portas fechadas.

Sem restaurantes, alguns alunos tiveram de improvisar. O almoço do estudante colombiano Júlio Rincón, de 25 anos, de Administração, foi um lanche na padaria da moradia estudantil (Crusp). "Assim, vamos ter de nos preparar para gastar dinheiro", disse. Nas cozinhas coletivas do Crusp, vários alunos preparavam seu almoço. "Para quem mora aqui no Crusp é pior", disse uma aluna de Letras, que preferiu não se identificar. "A maioria dos alunos fica sem almoço, mas vai jantar em casa. A gente tem de se virar o dia todo, sem transporte e sem dinheiro", disse ela, que preparava macarrão com molho de tomate

Reivindicação

A greve foi anunciada no dia 29 de abril A categoria quer uma reposição salarial de 16% e incorporação de R$ 200 ao salário-base. Outro ponto da lista de reivindicações é a extensão para todos os servidores das universidades estaduais paulistas do reajuste de 6% concedido aos professores. Os servidores têm no dia 11 uma reunião com o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) para tratar das reivindicações. Servidores ligados ao sindicato, entretanto, não estão otimistas com o encontro. O Sintusp espera que funcionários da Unesp e da Unicamp também entrem em greve após a data. (Paulo Saldaña, - AE)

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